Gás neon
Viver essa longa
avenida de gás neon
Portas de ouro e prata
Falsos sonhos nessas noites de verão
Faces coloridas, farsas de alegria
Beijo sem sabor
Gestos clandestinos tontos e sedentos de amor
Espinhos, rosas, risos, pranto e tanto desamor
Corte, cicatrizes, gritos engasgados
Lágrimas de dor
Máscaras no rosto, continua a festa
No sorriso o sal
A orquestra geme as dores do palhaço
Triste marginal
Ai de quem mergulhar nesse mar de veneno
Nessa lama enfeitada, nesse sangue das taças
Temendo sofrer
Ai de quem quer negar esse mar de veneno
Mil vezes maldito na inconsciência
Das vidas à margem há de ser
Portas de ouro e prata
Falsos sonhos nessas noites de verão
Faces coloridas, farsas de alegria
Beijo sem sabor
Gestos clandestinos tontos e sedentos de amor
Espinhos, rosas, risos, pranto e tanto desamor
Corte, cicatrizes, gritos engasgados
Lágrimas de dor
Máscaras no rosto, continua a festa
No sorriso o sal
A orquestra geme as dores do palhaço
Triste marginal
Ai de quem mergulhar nesse mar de veneno
Nessa lama enfeitada, nesse sangue das taças
Temendo sofrer
Ai de quem quer negar esse mar de veneno
Mil vezes maldito na inconsciência
Das vidas à margem há de ser
Após assistir ao filme sobre o Gonzagão, busquei
sem êxito a letra de Parada obrigatória
pra pensar, que, inexplicavelmente, não aparece na internet. Queria algo do
início do Gonzaguinha, da fase que prefiro, pois as letras eram mais
elaboradas.Aqui fica Gás neon, apresentada
por Maria Betânia no espetáculo Cena Muda, como bom exemplo do uso da
enumeração.
Como curiosidade o contraste de certas
melodias, do tom áspero de voz e da postura em cena do compositor com versos de
tom hiperbólico (mar de veneno, mil vezes maldito...), que vieram a se tornar
marca da segunda fase de Gonzaguinha
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