segunda-feira, 30 de julho de 2012


Hölderlin   Nelson Ascherp/ Antonio Medina Rodrigues


Luz não se vê tão límpida
quanto, inundando a casa,
aquela que extravasa
fugaz de qualquer lâmpada
que, de repente, exalte-
-se e atinja, por um átimo,
à beira do blecaute
mais último, seu ótimo.
Cega ao fulgor, a orelha
talvez capte de esguelha
um ultra-som que, esgar-
çador como um lamento,
provém do filamento
no afã de se queimar.

Escreva um poema que capte um momento fugaz como o do exemplo acima.

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