Balada Do Louco
Dizem que sou
louco
por pensar assim
Se eu sou muito louco
por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
por pensar assim
Se eu sou muito louco
por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são
bonitos,
sou Alain Delon
Se eles são famosos,
sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
sou Alain Delon
Se eles são famosos,
sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é
melhor Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eles têm três
carros,
eu posso voar
Se eles rezam muito,
eu já estou no céu
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
eu posso voar
Se eles rezam muito,
eu já estou no céu
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Sim sou muito
louco,
não vou me curar
Já não sou o único
que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz
não vou me curar
Já não sou o único
que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz
mas abandonou-a antes da estreia.
Em homenagem a Arnaldo, o texto Elegia para Artaud ( do livro Campo de trigo Maduro),
pensamentos amanhecem
dependurados
por uma corda
um corpo sem órgão
se projeta na página
em branco
mais tarde enfermeiros
recolherão o sudário
do espanto
o teatro não deve ser
evasão:
tem que quebrar os
ossos dos homens
e que sejam inúteis as
camisas de força,
quando a vida se
rompe O outsider é figura que frequenta poemas, letras, peças, pinturas...Arnaldo João Baptista
ofereceu a própria cabeça àqueles que, de cabeça baixa, não olham o caos de estrelas nem os homens-pássaro que flutuam por aí.
Não há acaso nos diálogos.
Os lugares-comuns são a pior espécie de silêncio, pois igualam muitas fisionomias a uma só máscara: a hipocrisia da linguagem.
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