A MÃO SÓ COLHE
O QUE ESCOLHE
(MAS SERÁ QUE SABE?)
NADA DE ADÁGIOS,
ANEXINS OU MÁXIMAS
NUM POEMA MÍNIMO.
OUTRORA
HAVIA A PALAVRA OUTRORA.
HÁ O SILÊNCIO AGORA.
NO ROSTO O RISO
ESCONDE O ROSTO.
O SEGREDO É VISÍVEL
NO QUE LHE É SOBREPOSTO
POEMAS NÃO EMBRIAGAM,
NEM PAGAM DESPESAS NO BAR,
BAUDELAIRE.
POEMAS ÀS VEZES AFAGAM
E FOGEM
ASSIMÉTRICOS.
QUER ACREDITE (OU NÃO)
ARRISQUE UM PALPITE NO ACASO
A VIDA SÓ SURPREENDE
QUEM DELA FAZ POUCO CASO
OS TEMPOS ERAM QUASE TREVA
O POEMA , QUASE TROVA.
TUDO ISTO POSTO,
ERA QUASE DEMAIS PRO MEU GOSTO.
A FLAUTA REVÊ A FALTA
QUE O SOM FAZ:
UM DIA TEVE NA MÃO
MUITO MAIS
QUE UMA ALITERAÇÃO.
MAS DEU OUVIDO
A AMIGOS CRÍTICOS
E O SOM SE FOI
POR ONDE A FLAUTA NÃO VAI:
UMA CANÇÃO A DOIS
EM TEMPOS ATRÁS.