segunda-feira, 27 de agosto de 2012

LEMINSKINARES


A MÃO SÓ COLHE

O QUE ESCOLHE

(MAS SERÁ QUE SABE?)

 

NADA DE ADÁGIOS,

ANEXINS OU MÁXIMAS

NUM POEMA MÍNIMO.

 

OUTRORA

HAVIA A PALAVRA OUTRORA.

HÁ O SILÊNCIO AGORA.

 

NO ROSTO O RISO

ESCONDE O ROSTO.

O SEGREDO É VISÍVEL

NO QUE LHE É SOBREPOSTO

 

POEMAS NÃO EMBRIAGAM,

NEM PAGAM DESPESAS NO BAR,

BAUDELAIRE.

POEMAS ÀS VEZES AFAGAM

E FOGEM

ASSIMÉTRICOS.

 

QUER ACREDITE (OU NÃO)

ARRISQUE UM PALPITE NO ACASO

A VIDA SÓ SURPREENDE

QUEM DELA FAZ POUCO CASO

 

OS TEMPOS ERAM QUASE TREVA

O POEMA , QUASE TROVA.

TUDO ISTO POSTO,

ERA QUASE DEMAIS PRO MEU GOSTO.

 

A FLAUTA REVÊ A FALTA

QUE O SOM FAZ:

UM DIA TEVE NA MÃO

MUITO MAIS

QUE UMA ALITERAÇÃO.

MAS DEU OUVIDO

A AMIGOS CRÍTICOS

E O SOM SE FOI

POR ONDE A FLAUTA NÃO VAI:

UMA CANÇÃO A DOIS

EM TEMPOS ATRÁS.

 

 

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