segunda-feira, 3 de setembro de 2012


 

LITERÁRIAS

 

Castro Alves

mostrou

que até os românticos

dão um tiro no pé.

 

Álvares de Azevedo

segundo Mário de Andrade,

tinha síndrome de “amor e medo”.

 

Gonçalves Dias

deixou o Maranhão

só para escrever uma canção.

Parece que não sabia

que em São Luís

já teria seu exílio.

 

Eis um típico engano:

o  romântico achou

que tinha o amor sob controle

e tornou-se parnasiano.

 

 

 

 

O poeta ouviu

o crítico do andar de cima

e preferiu a rima à solução.

Mesmo o romantismo

tem que ter um pé no chão.

 

Amor, estrela, lua.

O poeta flutua

na torre sem marfim solitária.

Fechado em seu tempo,

não vê que a vida é diária.                              

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