quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O TEXTO VENTRÍLOQUO





OS FOGOS DA FALA

a fala aflora à flor da boca
às vezes como fogos de artifício
fulguração contra os terrores do silêncio
só espada espavento espelho
ou pedra ficção arremessada
ou canção pra cantar as graças
as virilhas as maravilhas da amada
a deusa idolatrada de amor:
essa outra voz quase jazz
que subjaz ventríloqua de si mesma

Geraldo Carneiro

Faça um poema desenvolvendo a ideia de que há nele 
uma voz subjacente, o “autoventriloquismo”.




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