domingo, 4 de novembro de 2012

CANÇÕES DE AMIZADE




AMIGO, AMIGA

Meu pensamento viaja
Em busca de encontrar
Amigo, amiga
Quando viajo por terra
Me sinto mais seguro
Em terras de beira-mar
Amigo, amiga procuro
Meu coração é deserto
Em busca de encontrar
Amigo, amiga ou um rio
Ou quem sabe um braço de mar
Nas terras de beira-rio
Eu sei, me sinto seguro
Em todo rio me lanço
De todo cais me afasto
Molho cidades e campos
Em busca de encontrar
Caminho de outro rio
Que me leve no rumo do mar
Mas falta amigo, amiga
Meu coração é deserto
Amigo, amiga me aponte
O rumo de encontrar
Amigo, amiga ou um rio
E quem sabe um braço de mar
Meu pensamento viaja

 

QUE BOM AMIGO

 

Que bom, amigo
Poder saber outra vez que estás comigo
Dizer com certeza outra vez a palavra amigo
Se bem que isso nunca deixou de ser

Que bom, amigo
Poder dizer o teu nome a toda hora
A toda gente
Sentir que tu sabes
Que estou pro que der contigo
Se bem que isso nunca deixou de ser

Que bom, amigo
Saber que na minha porta
A qualquer hora
Uma daquelas pessoas que a gente espera
Que chega trazendo a vida
Será você
Sem preocupação

 

CORAÇÃO DE ESTUDANTE


Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora, cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor  e fruto
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração,
Juventude e fé.


       A amizade é cantada por Milton em mais três letras. São bem simples. A primeira trata de viagem e busca, ou seja, de viagem mais temporal do que espacial. E a viagem espacial se dá simbolicamente em terra ou em rio e braço de mar.      
       Em oposição ao elemento água, a metáfora-núcleo: “Meu coração é deserto”. O encontro significa o fim do deserto, daí as águas do rio ou mar.
       O motivo viagem-busca se desdobra em ideias de movimento: “Em todo rio me lanço/De todo cais me afasto, ou em “Caminho de outro rio/Que me leve no rumo do mar”.
       Se amizade é vista no espaço como um porto seguro, o vento do tempo desfaz os portos e naus se soltam das âncoras. Mas como o vento habita os mares, outras amizades surgem. O que importa, metaforicamente, é o coração não ser deserto.


Marcus Vinicius Quiroga  

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