O BIP-BIP
(Eber de Freitas)
Quero desfilar o cordão
da rua que faz esquina
com meu coração
e dá no Rio, à beira- mar,
em Copacabana.
Seguir a saudade e cantar
o que se repete (em mim)
no peito e na cabeça assim:
Bip-Bip-Violão-bandolim.
Ancorar na porta do bar
de samba-choro-bossa e clamar:
– Ô Alfredinho, vencá!
Cadê o regente da sinfonia popular?
Quero ouvir o canto que não morre,
a voz do povo que balança
berço de samba em botequim.
Bip-Bip-Pandeiro-tamborim.
Quem bebe no Bip canção e poesia
não desatina a harmonia.
Bate corda, bate couro do tambor
e responde em voz de louvor:
Salve Donga e Pixinga
Salve o choro e o amor!
Salve o Bip-Bip
Salve o samba, Sinhô!
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