Renato Rezende
Eu
Esvaziar-me
e tornar-me nada.
e tornar-me nada.
Viver da
mesma maneira,
a mesma
coisa, em barracas
ou palácios.
ou palácios.
Ter o corpo oco, depois
de cada encontro
e durante cada ato
não pensar em nada, não levar nada
para casa
não sentir nem desejo nem raiva.
Que não exista algo chamado Renato.
e durante cada ato
não pensar em nada, não levar nada
para casa
não sentir nem desejo nem raiva.
Que não exista algo chamado Renato.
Nunca fazer nada.
Que Renato seja uma
máscara
vazia – mas este espaço
não seja ausência, mas luminosidade.
A coisa mais pura e clara.
vazia – mas este espaço
não seja ausência, mas luminosidade.
A coisa mais pura e clara.
Faça um poema com a tradicional
temática Eu, incluindo
o seu nome no texto, e
fazendo negações e afirmações,
até chegar a revelação
final, como o poeta.
Marcus Vinicius Quiroga
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