Affonso Romano de Sant’anna
Curva natural
Estou me inclinando para a terra
sem humilhações.
Não estou me abaixando. Em algum espelho, sim,
me contemplando mais perto.
Da planta dos pés eu sei que algo está brotando.
Curvo-me,
curvo-me,
curvo-me
como quem cumpre um ritual
reunindo as pontas do círculo.
Há qualquer coisa de útero e anel.
Às vezes sou ouro puro. Ouroboros.
sem humilhações.
Não estou me abaixando. Em algum espelho, sim,
me contemplando mais perto.
Da planta dos pés eu sei que algo está brotando.
Curvo-me,
curvo-me,
curvo-me
como quem cumpre um ritual
reunindo as pontas do círculo.
Há qualquer coisa de útero e anel.
Às vezes sou ouro puro. Ouroboros.
Neste poema, em que o autor
fala da morte como a reunião das pontas de
um círculo, movimento circular de eterno recomeço, aparecem as imagens
de útero, anel e ouroboros. Elas representam este círculo que se completa.
um círculo, movimento circular de eterno recomeço, aparecem as imagens
de útero, anel e ouroboros. Elas representam este círculo que se completa.
Faça um poema em que haja
uma imagem material de suas ideias, assim como
a serpente mordendo o próprio rabo pode simbolizar o movimento contínuo.
a serpente mordendo o próprio rabo pode simbolizar o movimento contínuo.
Marcus Vinicius Quiroga
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