CONCEITO DE POESIA
Viajar no reino das palavras em profusões de música, na raiz do idioma,
inventário genético no cérebro do índio das origens.
viajar nos códigos proliferados do caos babélico,
nos morfemas fragmentados em metaplasmos,
desinências alteradas,
agitações febris de premonição,
o índice perdido na voracidade.
A poesia, eletricidade das estrelas na ossatura lexical,
rompe o silêncio no exílio das entranhas do arquétipo
e atravessa a estação sideral.
Poesia: retorno ao cristal das metamorfoses,
sequência do calendário infinito.
Márcio Catunda
Todo poema traz em si um conceito de poema. Todo texto é uma escolha entre infinitas possibilidades, logo há sempre uma afirmação estética, que não precisa ser teórica ou metalingüística.
“Feito” o texto, propomos que nos perguntemos por que isto é um poema, ou um conto, ou uma crônica...em suma, por que é um texto literário. Se não soubermos responder, é sinal de que ainda não sabemos o que estamos fazendo. Neste caso, é evidente a necessidade do estudo, da oficina, da leitura.
A diferença entre um escritor é alguém que escreve é que o primeiro tem consciência do trabalho que faz. Assim como cantar não nos torna cantores, escrever não nos torna escritores. Portanto, é preciso que tenhamos intenção estética em nossos textos, como, por exemplo, a de que ele carrega em si, independente de nosso propósito, um conceito de literatura.
Em Conceito de poesia (extraído de Verbo Imaginário) Márcio Catunda, nos versos finais, nos remete para a ideia de metamorfose. Eis aí o conceito: literatura é metamorfose, transformação de sentidos, renovação da linguagem corrente... Esta mudança, que normalmente ocorre com a conotação, pode, em alguns momentos históricos, dar-se de modo contrário. Se certas conotações tornam-se gastas com o uso, a denotação pode ser a maneira mais criativa de escrevermos. Dizemos isto só para que tenhamos em mente que não há regras para a operação poética. Há, sim, a presença da metamorfose em todo objeto de arte.
Marcus Vinicius Quiroga
Viajar no reino das palavras em profusões de música, na raiz do idioma,
inventário genético no cérebro do índio das origens.
viajar nos códigos proliferados do caos babélico,
nos morfemas fragmentados em metaplasmos,
desinências alteradas,
agitações febris de premonição,
o índice perdido na voracidade.
A poesia, eletricidade das estrelas na ossatura lexical,
rompe o silêncio no exílio das entranhas do arquétipo
e atravessa a estação sideral.
Poesia: retorno ao cristal das metamorfoses,
sequência do calendário infinito.
Márcio Catunda
Todo poema traz em si um conceito de poema. Todo texto é uma escolha entre infinitas possibilidades, logo há sempre uma afirmação estética, que não precisa ser teórica ou metalingüística.
“Feito” o texto, propomos que nos perguntemos por que isto é um poema, ou um conto, ou uma crônica...em suma, por que é um texto literário. Se não soubermos responder, é sinal de que ainda não sabemos o que estamos fazendo. Neste caso, é evidente a necessidade do estudo, da oficina, da leitura.
A diferença entre um escritor é alguém que escreve é que o primeiro tem consciência do trabalho que faz. Assim como cantar não nos torna cantores, escrever não nos torna escritores. Portanto, é preciso que tenhamos intenção estética em nossos textos, como, por exemplo, a de que ele carrega em si, independente de nosso propósito, um conceito de literatura.
Em Conceito de poesia (extraído de Verbo Imaginário) Márcio Catunda, nos versos finais, nos remete para a ideia de metamorfose. Eis aí o conceito: literatura é metamorfose, transformação de sentidos, renovação da linguagem corrente... Esta mudança, que normalmente ocorre com a conotação, pode, em alguns momentos históricos, dar-se de modo contrário. Se certas conotações tornam-se gastas com o uso, a denotação pode ser a maneira mais criativa de escrevermos. Dizemos isto só para que tenhamos em mente que não há regras para a operação poética. Há, sim, a presença da metamorfose em todo objeto de arte.
Marcus Vinicius Quiroga
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